Campos do Goytacazes (RJ), 22 de outubro de 2024

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Crisma

Ser crismado é ser missionário!

Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja. Pelos sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Confirmação e Eucaristia – são lançados os fundamentos de toda vida cristã.

A Crisma ou Confirmação é o sacramento onde recebemos o Dom do Espírito, para sermos confirmados na fé, para tornarmo-nos membros responsáveis na Comunidade– Igreja, para assumirmos a missão de apóstolos e testemunhas de Cristo no mundo.

Ser crismado é tornar-se um cristão adulto na fé, um cristão que deixa de ser um católico só “de boca”. O crismado assume sua fé e sabe testemunhar, com palavras e obras, sua adesão a Cristo.

Ser crismado é tornar-se um membro responsável e atuante em sua comunidade eclesial. Ele não é “mais um na Igreja”, e sim um leigo que sente, ama, defende e ajuda a Igreja de Jesus Cristo, como sua Igreja.

Ser crismado é tornar-se apóstolo, profeta e missionário de Jesus Cristo. Ele é um sujeito que entendeu que Cristo, os outros, o mundo precisam dele: que disse “sim” ao chamado de Cristo e à missão que ele confiou à sua Igreja.
A Crisma é uma decisão pessoal e uma opção consciente de um cristão, que fortalecido pelos dons do Espírito Santo se torna capaz de cumprir a missão cristã com responsabilidade e coragem.

Crisma: Dom Que Devemos Testemunhar e Partilhar.

Duas coisas importantes a respeito da Crisma:

• ela aperfeiçoa a Graça batismal
• é o Sacramento que dá o Espírito Santo.

Ora, será que a graça batismal é imperfeita? Mais ainda: o Batismo já não nos deu o Espírito? Não é no Espírito do Cristo ressuscitado que fomos mergulhados no santo Batismo? Além do mais, como católicos cremos que todo e cada Sacramento nos dá o Espírito Santo, e que somente no Espírito pode haver Sacramento. Sendo assim, como compreender as afirmações do Catecismo citadas acima? Afirma-se que a Crisma aperfeiçoa a graça batismal no sentido de torná-la “madura”, aperfeiçoada, plenamente desenvolvida. É importante compreender bem isto. No Batismo, nós recebemos o Espírito do Cristo Ressuscitado; ele nos é dado como vida divina, vida nova, vida eterna que faz de nós novas criaturas. Ora, esta vida não é algo estático, parado, congelado; como toda vida, ela vai crescendo sempre se diz que . Não é que o Batismo seja incompleto e necessite ser completado. O sentido é outro: a Confirmação nos dá a graça da maturidade cristã, de tal modo que a vida nova recebida no Batismo pode e deve, agora com a Crisma, ser testemunhada e transbordada para os outros com a graça deste Sacramento.

Em outras palavras: enquanto que no Batismo a vida recebida é graça que nos renova e transforma, na Confirmação esta mesma vida é Dom que devemos testemunhar e partilhar. Por isso mesmo o crismado deve estar consciente do seu lugar na Igreja, na comunidade eclesial, e do seu dever de testemunhar o Cristo sendo, como se diz, um soldado do Senhor.

“Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a Coroa da Justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” (2 Tm 4,7-8)

Maturidade na Fé em Cristo Em Igreja

Aqui convém eliminar um mal entendido. Em geral se afirma que a Crisma é o Sacramento da maturidade cristã e confirma o Batismo porque recebemos este quando crianças pequenas e aquele quando jovens, já sabendo o que queríamos. Não é assim: a maturidade que a Crisma nos dá não é a maturidade psicológica, mas sim a maturidade espiritual. Em outras palavras: se uma criancinha for batizada e crismada, seu “organismo espiritual”, sua estrutura cristã, por assim dizer, já recebeu a maturidade. Que fique bem claro: a Confirmação nos concede uma graça distinta do Batismo. Sem este Sacramento não há maturidade na vida cristã. Por isso mesmo, rigorosamente falando, todo aquele que assume qualquer trabalho na Comunidade deve ser crismado.

Há ainda uma outra distinção importante no modo de agir do Espírito no Batismo e na Confirmação: no Batismo o Espírito nos é dado como Espírito que torna o Pai e o Filho presentes em nós, fazendo-nos, assim, templos da Trindade. Na Confirmação, ao invés, o Espírito dá-nos algo que é próprio dele como Terceira Pessoa da Trindade, a saber: a força, a coragem, o ânimo, o vigor, a doçura para testemunhar o Senhor Jesus. A fé da Igreja exprimiu isso muito bem com a imagem dos Dons do Espírito.

Agora podemos entender porque o Catecismo fala, no texto acima citado, numa mais profunda incorporação a Cristo: é que com a Confirmação o Espírito nos une ao Cristo na sua missão de Sacerdote, Profeta e Rei, para que sejamos, na comunidade eclesial e no mundo, continuadores de sua Missão, continuadores do próprio Cristo.

Conclusão:

Crisma, portanto, é o Sacramento que confere os Dons do Espírito Santo, conduzindo o fiel católico ao caminho da perfeição cristã. Representa como que a passagem da infância para a fase adulta, espiritualmente falando. Nesse sentido é que a Crisma é o Sacramento da Confirmação do Batismo. A Crisma é a confirmação do Batismo porque fortalece a Graça que este nos confere: se o Batismo nos imerge no Espírito Santo, a Crisma deve nos tornar “fortes e robustos” no mesmo Espírito, enquanto cristãos e membros do Corpo Místico de Cristo neste mundo, a Santa Igreja.

A palavra Crisma vem do grego e significa Óleo da Unção. O termo, no feminino (a Crisma), refere-se ao Sacramento em si, e no masculino (o crisma), refere-se ao óleo de ungir. Ungir é untar a fronte do crismando com o óleo próprio, em cruz. O óleo usado na cerimônia da Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa.

Três passos são necessários à administração da Crisma: a imposição das mãos sobre a cabeça do crismando; a unção com o óleo na fronte; as palavra do Bispo: “Recebe por este sinal o Espírito Santo, Dom de Deus”, ao que o crismando responde: “Amém”.

É o Bispo quem ministra o Sacramento da Crisma, mas em sua ausência pode delegar essa missão a um padre.

Encontro

Sábados, às 17h, no Salão Padre Gabriel

ACESSO RÁPIDO

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